Compra para Sexta-feira Santa e Páscoa poderia ser 38,82% mais barata sem tributos indiretos

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Compra de R$ 424,84 poderia sair por R$ 259,90, não fosse a alta tributação nacional

O almoço de Sexta-feira Santa e o domingo de Páscoa tendem a ter um gostinho mais salgado para os brasileiros. Um estudo tradicional feito pela equipe do Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT), como forma de sensibilizar os contribuintes, mostra que uma compra de R$ 424,84 para celebrar as duas ocasiões do feriado poderia sair 38,82% mais barata sem a incidência de tributos indiretos.

“Consideramos a cultura cristã, seguida por parte dos brasileiros, para escolher os produtos deste Impostômetro. Assim, focamos a atenção em peixes e pescados. Um bacalhau importado tem 43,78% de impostos indiretos no valor final vendido ao público. Peixes diversos e camarão possuem 34,48% e 33,29%, respectivamente”, explica o sócio-diretor do IBGPT e especialista em compliance tributário, o advogado Thiago Alves.

O levantamento ainda mostra que 16,30% do valor total de um pacote de macarrão é destinado ao Fisco, enquanto no queijo e no tomate as porcentagens chegam a 16,59% e 16,84%, respectivamente. “Há quem goste de apreciar um bom vinho nacional durante a refeição do feriado, mas já deixo o aviso: uma garrafa produzida em território brasileiro possui 44,73% de imposto no valor final”, comenta o advogado.

Chocolate como presente
Quem pretende presentear a pessoa amada, parentes e/ou amigos no domingo de Páscoa também irá sentir o peso da tributação. Bombons, independentemente do gosto do consumidor, tem tributação que corresponde a 37,61%. O preço do chocolate, por si só, é formado por 39,61% de imposto. A colomba pascal de chocolate (38,68%) e o ovo de Páscoa (38,53%) são os próximos da lista em altas taxas.

“Em ambos os casos, as pessoas que mais saem prejudicadas por celebrar este feriado, originalmente voltado para a esperança e a renovação, são os mais pobres. Afinal, o poder de compra de alimentos e presentes será menor, uma vez que existem outras compras fixas mais essenciais”, finaliza Alves.